(Henrique Borralho e Patrícia Luzio)
Buscando
a moldura do quadro
escorreram-se
as tintas
formando
um borrão que
a olhos
curtos
apontavam
para suas mãos
escorrendo
lentamente
desenhando
retrato em branco e preto
num
quadro em que os dedos desenhavam
o que a
mente imaginava:
uma
paisagem úmida,
indescoberta
uma
claridade cegante
que
obriga seus olhos
a se fecharem
para
enxergarem algum possível traço
um
simples fio que remeta àquilo
que mais
desejava.
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