Estampidos
altíssonos irrompem sob a tenda,
a pesada
atmosfera abafada rebate o calor que transpira
de todas
as pernas,
ancas
vestidas escorrem o suadouro vertiginoso pingando na passarela,
dos
transeuntes que rugem e gritam por onde passam,
as
descobertas de quem procura os mistérios,
que depois
de revelados deixam de ser milagre e viram ciência,
a
aglomeração aumenta a agonia da falta de ar
dos que
disputam espaço em busca das invenções que estavam encobertas,
os
alardes são como estampidos a retintar os passos dos que andam sem pressa
da falta
de espaço,
o
observador atento registra o pra cá e pra lá em busca da ciência,
nem
o calor nauseante impede a busca constante por uma chance lanciante
que retira
o não saber de sua condição ignorante,
jogando
os passantes para a situação dos descobridores,
talvez de
si, de ninguém,
do tudo,
do nada, da ampulheta, da pepeta,
da parafuseta,
da cabeça de quem inventou tudo o que está sob esta tenda,
provocando
os estampidos altíssonos ensurdecedores...
aqui também
Ele ainda não se reconhece
totalmente
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