Vê-se
como as horas dos tempos rodam para trás,
como num
rasgo desconcertante do casulo de uma borboleta,
ela salta
a vida, mas já existia dentro de outra vida,
sua nova
vida não é melhor que a anterior,
é uma
nova etapa de um novo casulo,
aquele em
que as horas voltam atrás,
como se a
borboleta ao rasgar a pele
se
despetalasse sentindo-se uma rosa,
sem
espinhos, com asas, com cheiro,
com
horizontes, sem destinos,
como uma
música cifrada
desenhada
como uma tatuagem no pescoço
da mulher
amada
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